quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Oficina: Conhecendo o solo para preservar a vida.

Educação Ambiental para Resiliência em Desastres Ante a Extremos Climáticos - UFPR

 

Professora Marcela Marcelo - Escola Municipal Pilarzinho

Turma: G5 - 30 crianças

Faixa etária: 9 e 10 anos

Oficina: Conhecendo o solo para preservar a vida.

Introdução - Tempo de duração aproximado: 40 minutos.

Aula 1:

 

·         Primeiro momento – diagnóstico.

·         Segundo momento – registro.

·         Terceiro momento – pesquisa tipos de solo.

 

Desenvolvimento - Tempo de duração aproximado: 40 minutos cada aula:

Aula 2:

 

·         Primeiro momento - apresentação da pesquisa.

·         Segundo momento – pesquisa a importância do solo.

 

Aula 3:

 

·         Primeiro momento – discussão:

·         Segundo momento – experimento:

 

 

Aula 4:

 

·         Primeiro momento – reconhecendo problemas.

·         Segundo momento – gênero notícia.

·         Terceiro momento – promovendo soluções.

 

 

Aula 5:

 

·         Primeiro momento – produção textual coletiva.

·         Terceiro momento – podcast.

 

Aula 6:

·         Primeiro momento - Exemplos de experimentos.

 

Atividade final:

 

·         Apresentação dos experimentos.

UNIDADES TEMÁTICAS

 

GEOGRAFIA

- Natureza, ambientes e qualidade de vida.

 

CIÊNCIAS

- Terra e Universo.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

 

GEOGRAFIA

- Condições de vida nos lugares de vivência;

- Impactos das atividades humanas;

- Conservação e degradação da natureza.

 

HABILIDADES - GEOGRAFIA

(EF01GE11) Associar mudanças de vestuário e hábitos alimentares em sua comunidade ao longo do ano, decorrentes da variação de temperatura e umidade no ambiente

(EF02GE11) Reconhecer a importância do solo e da água para a vida, identificando seus diferentes usos (plantação e extração de materiais, entre outras possibilidades) e os impactos desses usos no cotidiano da cidade e do campo.

(EF03GE08) Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente, considerando a ampliação de hábitos de redução, reuso e reciclagem/descarte de materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno.

EF03GE09) Investigar os usos dos recursos naturais, com destaque para os usos da água em atividades cotidianas (alimentação, higiene, cultivo de plantas etc.), e discutir os problemas ambientais provocados por esses usos.

(EF03GE10) Identificar os cuidados necessários para utilização da água na agricultura e na geração de energia de modo a garantir a manutenção do provimento de água potável.

(EF03GE11) Comparar impactos das atividades econômicas urbanas e rurais sobre o ambiente físico natural, assim como os riscos provenientes do uso de ferramentas e máquinas.

 

OBJETOS DE CONHECIMENTO

 

CIÊNCIAS

- Usos do solo.

 

HABILIDADES - CIÊNCIAS

(EF01CI01) Comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais consciente.

(EF03CI09) Comparar diferentes amostras de solo do entorno da escola com base em características como cor, textura, cheiro, tamanho das partículas, permeabilidade etc.

(EF05CI05) Construir propostas coletivas para um consumo mais consciente e criar soluções tecnológicas para o descarte adequado e a reutilização ou reciclagem de materiais consumidos na escola e/ou na vida cotidiana.

 

Introdução

Aula 1:

 

Primeiro momento – diagnóstico:

 

Os estudantes serão instigados a comentar sobre seu entendimento em relação ao solo. Esse momento será considerado como um momento privilegiado de troca, onde será possível fazer diagnósticos sobre o entendimento que os estudantes tem sobre o solo.

Espera-se que as informações trazidas pelos educandos sejam as mais variadas possíveis. Nesse momento serão feitas mediações constantes com intuito de ampliar os conceitos e promover debates que enriquecerão os conhecimentos prévios entre o grupo.

 

As mediações serão feitas em forma de questionamentos, onde os próprios educandos poderão questionar os colegas sobre suas dúvidas ou adendo durante a fala do outro, sempre respeitando o momento de fala de cada um.

 

Sugestões de questões possíveis de serem abordadas:

 

·   “Qual a importância do solo para a vida na terra?”;

·   “Será que existe solo no fundo dos rios e mares?”;

·   “Será que existe solo embaixo dos asfaltos?”;

·   “O que vocês acreditam ser o solo?”;

·   “Para que serve o solo?”;

·   “Vocês acham que existe vida no solo?”;

·   “Por que é importante preservar o solo?”.

 

Segundo momento – registro:

 

Como forma de registro, os educandos farão uma ilustração livre sobre o entendimento do solo após a aula.

As ilustrações serão organizadas em forma de slides para apresentação e avaliação do conteúdo.

 

Terceiro momento – pesquisa tipos de solo:

 

Utilizaremos o método flipped classroom. Nesse momento as fontes de pesquisa não serão direcionadas, os educandos utilizarão fontes de pesquisa livre para trazer informações sobre tipos de solo (arenoso, argiloso e humífero) e seres vivos que vivem no solo, apontando suas características individuais (cores, tipos de materiais encontrados, odores, matérias vivas, etc).

 

Desenvolvimento

Aula 2:

 

Primeiro momento - apresentação da pesquisa:

identificando os tipos de solo, reconhecendo problemas e promovendo soluções.

 

Conversaremos sobre os tipos de solo com apresentação das informações trazidas pelos estudantes:

As crianças serão indagadas a refletir sobre as características do solo. A intenção é que eles falem sobre as características de cores, materiais encontrados, tipos de odores, matérias vivas, etc, que poderão ser encontrados em cada tipo de solo.

Nesse momento também será promovido debates de forma mediada entre educandos e professora.

 

Segundo momento – pesquisa a importância do solo:

 

Como atividade extra de pesquisa, os educandos serão orientados a ler a matéria contida no sítio https://www.todamateria.com.br/a-importancia-do-solo/ acesso em outubro de 20.

 

Aula 3:

 

Primeiro momento – discussão:

 

Discutiremos sobre o conteúdo da matéria sugerida na pesquisa e separaremos em tópicos os pontos sobre a importância do solo para a vida na terra, possibilitando a percepção sobre os motivos que tornam importante a preservação do solo.

A intenção é que eles tenham ideia de que precisamos do solo para plantar e que sobrevivemos em cima dele, por isso ele precisa estar saudável.

Assistiremos ao vídeo: É Melhor Salvar os Solos (Better Save Soil - Portuguese)

https://www.youtube.com/watch?v=fNNoDjGf0rE acesso em outubro de 20.

 

Segundo momento – experimento:

 

Assistiremos ao vídeo “Solo engolidor de água” disponível em  https://www.youtube.com/watch?v=LiGR7g97Iso em outubro de 20.

O experimento será reproduzido ao vivo pelo professor durante a aula. Nesse momento serão feitos diálogos e questionamentos que conduzam a reconhecimento de problemas que afetam o solo.

 

Aula 4:

 

Primeiro momento – reconhecendo problemas:

 

Apresentação de imagens de solos danificados com os seguintes questionamentos:

·    “O que aconteceu com aquele solo?”;

·    “Que tipo de evento pode ter ocasionado aquele dano? (vento, água, por que será que a água conseguiu fazer tanto estrago naquele local, possibilidade de engatar a ideia de conservação dos rios e lençóis)”;

·    “Esse tipo de evento é bom ou ruim para o solo?’;

·    “É possível plantar alguma coisa ou construir alguma coisa naquele local?”;

·    “O que podemos fazer para tentar recuperar aquele solo?”.

 

Segundo momento – gênero notícia:

 

Leitura da matéria disponível em http://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2013/12/deslizamento-de-terra-deixa-ao-menos-seis-mortos-na-zona-rural-de-sardoa.html acesso em outubro de 20, com discussões sobre suas causas.

 

Terceiro momento – promovendo soluções:

 

Assistiremos ao vídeo “Conservar o Solo” disponível em https://www.youtube.com/watch?v=54pove9Y0Mo acesso em outubro de 20.

Os estudantes serão questionados sobre quais medidas foram adotadas no vídeo para a conservação do solo, separaremos as medidas adotadas em tópicos como forma de registro e avaliação da atividade.

 

Aula 5:

Primeiro momento – produção textual coletiva:

 

Utilizaremos os materiais de registro das aulas anteriores, seguindo a ordem cronológica do que foi trabalhado e produziremos um texto coletivo com gênero notícia. Essa produção será gravada em formato de áudio para a produção de um podcast.

Os educandos serão responsáveis pela leitura de trechos da produção, para isso será organizado a separação dos trechos que cada um irá ler.

 

Segundo momento – podcast:

 

Faremos a leitura que será gravada em formato de podcast e apresentado ao restante da escola. 

 

Aula 6:

 

Primeiro momento - exemplos de experimentos:

 

Serão apresentados aos educandos alguns experimentos sobre o solo. Após a apresentação desses experimentos aos educandos seguiremos os seguintes passos:

·    Escolha dos experimentos e suas possíveis relevâncias na preservação do solo;

·    Os educandos serão divididos em grupos de seis;

·    Os experimentos serão sorteados entre os grupos;

·    Cada membro do grupo ficará responsável por desenvolver uma parte do projeto:

Ø Escrita do projeto: dois educandos farão encontros remotos para essa atividade que deve conter: nome da experiência, objetivos, planejamento e realização, espaço e condições necessárias, montagem, realização e ação/reflexão.

Ø Execução: dois educandos ficarão responsáveis pela execução da experiência.

Ø Apresentação: dois educandos ficarão responsáveis pela apresentação da experiência.

 

Alguns exemplos de experiências se encontram disponíveis nos seguintes sítios, com acesso em outubro de 20:

https://solonaescola.blogspot.com/2011/11/

http://www.fef.br/upload_arquivos/geral/arq_5aba3c3cbd47f.pdf

 

Atividade final

 

Apresentação dos experimentos:

 

Os educandos deverão reproduzir seus experimentos em casa e depois apresentar para o restante da classe conforme orientados.

A apresentação será gravada em formato de vídeo utilizando o youtube. onde será apresentado para o restante da escola.

 

 

Criação de um jornal local / mapa de riscos, criar um mapa de riscos da região

 

domingo, 16 de agosto de 2015

Desfraldamento: como saber se está na hora

Chegou a hora de largar a fralda

Pais e professores precisam atuar em conjunto para identificar os sinais de maturidade das crianças e auxiliá-las a usar o vaso sanitário
A criança tem cerca de 2 anos, demonstra alguma segurança nos movimentos motores, possui autonomia ao falar e sabe controlar os esfíncteres, as estruturas musculares que regulam a retenção e a eliminação das fezes e da urina. Já avisa que quer fazer xixi e demora um tempinho para fazer cocô. Quer imitar os irmãos ou amigos mais velhos, pede para sentar no vaso sanitário e passa mais horas com a fralda seca.
Nós, adultos, por termos ultrapassado esse desafio há tanto tempo, às vezes nos esquecemos do elevado grau de exigência que é dar adeus às fraldas. (Livro Tirando as Fraldas T. Berry
Brazelton) “primeiro, as crianças devem sentir um movimento intestinal em curso. Então, devem conter esse movimento, ir aonde lhes dizem para ir, sentar-se - e fazer. Então, dar a descarga. Depois disso tudo, elas têm que assistir aquilo desaparecer para sempre. Nunca mais verão aquela parte delas novamente!"
Brazelton é enfático ao afirmar que esse processo não pode ser forçado: é essencial esperar que a criança mostre sinais de maturidade para a retirada das fraldas. Nessa fase, pai, mãe e professores precisam se unir num trabalho de equipe, que pode durar de poucos dias a vários meses. 

Passagem sem trauma

A ideia é apoiar essa etapa sem deixar que a ansiedade e a pressão atrapalhem. "Com família e educadores de acordo quanto ao momento de início da retirada da fralda, é importante que os procedimentos sejam incorporados em casa e na creche". Cabe à instituição de Educação Infantil se organizar para que esse processo seja vivido como uma boa experiência.
O papel do educador é de um observador atento. Leva a turma ao banheiro regularmente, convidando todos a se sentar no vaso e entender sua função. E age junto às famílias para encaminhar a criança rumo ao desenvolvimento.
cuidados

"No começo do ano, perguntamos se os pais acham que seus filhos já estão preparados para iniciar a retirada de fralda. Se acreditam que sim, combinamos de tentar a mudança de hábitos", afirma Maristela
Schupecheki Ferreira, professora do maternal da CMEI Professor Antônio Nunes Cottar, em Ponta Grossa.
No ambiente escolar, os cuidados incluem conversas com a turma, exercícios de troca de fralda com bonecos e preparação do banheiro para os pequenos. A CMEI onde Maristela trabalha tem vasos baixos. Uma boa dica é recomendar aos pais que adaptem os de casa com tampas menores, mais adequadas para a idade. "Isso ajuda as crianças a se sentir à vontade. Essa medida também transmite segurança, mostrando a eles que podem fazer xixi e cocô sem o risco de cair no vaso", explica.
Outra ideia é estabelecer uma rotina constante de idas ao banheiro. Para evitar a espera da turma, a professora Maristela divide tarefas com sua assistente. "Enquanto uma leva a criança ao banheiro, a outra fica na sala, brincando com massas de modelar e blocos de encaixe, ou envolvida em atividades de música, movimento e leitura", conta.
Vale discutir ainda uma estratégia bastante usada por muitas creches e famílias na passagem da fralda ao vaso: a introdução do penico. Embora não seja necessário - afinal, é mais uma coisa à qual a criança vai ter de se adaptar -, ele pode ser usado para dar mais confiança desde que fique sempre no banheiro, tanto por motivos de higiene como para acostumá-la ao espaço correto.


A criança está pronta?

Os pequenos começam a demonstrar interesse pela retirada das fraldas aos 2 anos. Muitas vezes, esse processo é mais familiar para os educadores do que para os pais. Por isso, além de auxiliar as crianças a ultrapassar essa fase, é preciso orientar também os adultos. O principal é saber reconhecer quando cada um está pronto para utilizar o vaso. O pediatra T. Berry
Brazelton enumera alguns sinais de maturidade, que devem ser observados com atenção:
- A criança já aprendeu a andar e tem paciência para ficar sentada.
- Presta atenção no que os adultos dizem e mostra que entende.
- Compreende que tem desejos e capacidade de dizer não.
- Sabe o lugar dos objetos e começa a guardá-los corretamente.
- Imita os mais velhos com gestos ou na maneira de andar.
- Faz xixi e cocô em horários previsíveis e tem mais consciência do próprio corpo.



Compreensão com os "acidentes"

Os discursos e as ações da instituição e da família podem estar bastante ajustados, as crianças conseguem ficar secas na creche, mas, chegando em casa, relaxam e pedem as fraldas. Ou, por causa da chegada de um irmão, voltam a fazer xixi fora do lugar. Diante dessas situações, oriente os pais a ir com calma. Fornecendo informações sobre as atitudes dos pequenos durante o dia, recomende que não deem muito líquido antes de dormir e peça que não retirem as fraldas à noite até ter alguma certeza de que elas não serão molhadas. E não os deixe se esquecer da maior tarefa de nós, adultos: estimular a criança a realizar essa passagem por conta própria. Assim, a confiança infantil ganha um forte impulso

Fase Anal:

Para entendermos a pessoa que somos hoje, voltemos a um passado remoto dos primeiros anos de nossa infância. Analisando as fases da sexualidade segundo a teoria de Freud, pode-se apontar os fortes indícios de fixação naquela que moldou a nossa própria formação.


A segunda fase 
- dos 18 meses aos 4 anos de vida - a gratificação do reconhecimento que leva à consciência está no prazer do anus. É nesse período que a criança se vê diante de um dilema. O que para ela é resultado da sua própria criação - as fezes -  por outro pode ser motivo de críticas e deboche, porque até então, na sua consciência, antes de um ano e meio de vida aquele bebê que evacuava nas fraldas era apenas um anjo que expulsava naturalmente seu cocozinho. Ao ver o objeto de sua criação, mas posta contra uma sociedade que discrimina o mau cheiro das fezes, a criança é ensinada a conviver em sociedade. Nesse ínterim ela recebe o reconhecimento e a educação ou os apontamentos e as críticas. Nessa fase a criança requer uma atenção especial. Ela necessita que haja por parte dos pais ou de quem a educa um direcionamento definido que a ensine o poder do controle através da higiene pessoal. Recebendo esse apoio, a criança aprende que o controle fisiológico é uma nova fonte de prazer. É o tempo em que o filho também espera dos pais que eles estipulem e corrijam os erros do filho.
É nesse tempo que a criança abstrai os elogios e a atenção recebida, pois ela espera, ao aprender a controlar seu fisiológico, que os pais ou quem a educa possam reconhecer os seus méritos.  Nesta fase a criança começa a captar através dos ensinamentos paternos a diferença do bom/mau, feio/bonito, certo/errado/, limpo/sujo, e se vê diante de tantos tabus e proibições, até mesmo aqueles que envolvem sua genitália ou sexualidade. 
Desvendando o aprendizado do controle fisiológico, ao seu inverso diante de uma fixação nessa fase, ou seja, tendo-a completado de forma ineficaz, ao invés dos elogios as críticas, das recompensas a punição, do ensinamento a falta de controle dos pais, podem haver conflitos para o resto da vida em relação às experiências sofridas durante esta época da infância.
Freud aponta três características principais de caráter anal: ordem, parcimônia (economia), e teimosia. A criança que sofreu algum bloqueio na fase anal quer seja pela falta de atenção dos pais, pela falta de conceitos não tão bem definidos, pelas críticas e desapontamentos recebidos, pela falta de reconhecimento e elogios aos atos das crianças originou o adulto controlado demais, em alguns indivíduos como perfeccionistas e impecáveis de traços negativos. 

Adultos que não lidam bem com críticas tais como aqueles que não respeitam seus superiores ou não aceitam ordem dos chefes tiveram algum conflito na fase anal. É como se retomassem à lembrança a mesma voz do pai ou da mãe que os criticava ou os punia.(conflito de autoridade-rebelião). Em contrapartida eles se tornam críticos, desafiadores e competitivos uma porque dão em recompensa aquilo que receberam; outra porque tendem a mostrar que possuem algum valor por isso desafiam, e por último se tornam competidores natos porque encontram prazer em controlar ou ganhar.
Esses mesmos sujeitos trazem a ideia de dar e recusar. São as pessoas que lidam melhor ou pior com as críticas e elogios. Eles vão procurar a vida inteira motivos que as levem através dos fragmentos da vida a se sentirem recompensadas pelo mundo exterior. Buscam a troca por algo que fazem, pelo que são ou pelo que podem demonstrar ser ou ter. 

Para entender melhor os conflitos existentes na fase anal e que tipos de indivíduos elas originam, vamos imaginar a situação em que a criança se encontra ao sentir prazer ao defecar. Ela entende que está ali a sua primeira produção e que em alguns casos oferece aos pais como presente. O feedback que os pais dão é que pode desencadear certos bloqueios. A criança passa a reconhecer o sentido das coisas, do bem e do mau, do sujo e do limpo. Dependendo da resposta dos pais, a criança passa a entender que sua produção que lhe deu prazer ao defecá-la através das sensações da mucosa anal cheira ruim e é negativa ou se faz parte de um processo natural de todo ser humano. A partir de então, a criança passa a ter o controle sobre as vias fisiológicas. O modo como o pai ou a mãe ensina/repreende/ou adverte é o que faz desenvolver sua personalidade dessa fase. O indivíduo pode se desenvolver agressivo, hostil, sádico, cruel, ou ainda raivoso, teimoso e mesquinho se a experiência teve seu saldo negativo. 
A criança que entendeu que o processo de defecação lhe acarretava como um ser sujo, impuro e diferente, trouxe em si o peso das críticas e da punição desenvolvendo um sujeito arredio, difícil de conviver e deveras avarento porque transferiu a energia do controle fisiológico ao controle econômico, retendo para si ao invés de expulsar. O indivíduo acredita que dar a sua obra-prima como presente vai lhe trazer consequências desastrosas como na infância, o que, segundo Freud, no desenvolvimento psicossexual a condensação da equação se faz: fezes=presente=dinheiro.
No campo da ambivalência sexual o homem ou mulher liga o erotismo anal entre retenção e evacuação. É o que torna os sexuados conflituosos em atividade/passividade, dominação/submissão ou tendências ao sadomasoquismo. Neste último caso, o desejo de evacuar o objeto que lhe deu prazer remete à criança que entendeu que a sua produção não era aceita, tinha cheiro ruim e deveria ser destruída e que por outro lado retê-la era uma maneira de tomar posse do seu objeto, definindo assim o sado.

A fixação na vida adulta se transfere a algumas características ou formações. É o caso dos pintores (que transferem com a tinta sobre as paredes a ideia de limpeza e ordem, anulando assim um constrangimento na fase anal); os escultores (que criam sua obra de arte em lugar daquela antes rejeitada pelos pais); pessoas generosas ou avarentas (as duas faces da moeda de dar e recusar já mencionada acima) e no sexo anal.


Denis Rafael
Albach

Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA
Tirando as Fraldas
, T. Berry Brazelton e Joshua D. Sparrow, 118 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 23 reais

CONTATOS
Beatriz Ferraz
CMEI Professor Antônio Nunes
Cottar, R. Dourado, 55, 84043-010, Ponta Grossa, PR, tel. (42) 3229-3337

Como é bom brincar! A importância do brincar na Ed. Infantil

O brinquedo não estruturado ou sucata

- Permite a liberdade para arriscar, buscar suas próprias soluções, dando maior oportunidade de ampliação de horizontes, transformando-se num aprendizado de vida.
- O brinquedo sucata permite que a criança tenha mais segurança de suas ações, pois para ela é mais fácil entender uma engenhoca feita artesanal do que as mais complexas industrializadas;
- É importante valorizar a construção total do brinquedo, pois ao olhar, abrir ou quebrar o brinquedo a criança estará tentando saber como foi montado aquele brinquedo e é dessa forma que ela consegue estabelecer uma relação viva com as coisas, ou seja está trazendo o aprendizado para sua realidade.
- O brinquedo-sucata ou brinquedo não estruturado, trás atributos para o desenvolvimento dos aspectos cognitivos e das relações socioculturais da criança;
- Instrumento que favorece o desenvolvimento do pensamento da criança;
- Muitas vezes articulam recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança;


- Exercita a criatividade ao confeccioná-lo e desenvolve sua interação social num espaço lúdico com materiais atraentes e educativos de baixo custo;
- Antes mesmo de operacionalizar a construção do brinquedo-sucata, as crianças observam as características físicas dos materiais, pois sendo estes de diversas origens, reconhecem várias e novas formas;
- Proporciona a criança que perceba no brinquedo a essência da transformação social e do ser humano, conduzindo a uma compreensão maior do universo infantil e das suas referências de mundo e do mundo adulto;
- Ensina valores sociais, pois desde pequenos entendem que nem sempre adquirir pode ser a melhor solução, ajuda a criança a entender as mudanças no meio ambiente e a preocupação com a alteração negativa que o alto consumo trouxe através do anos para o meio ambiente;


Poder transformar, dar novas formas a materiais como quiser, propicia à criança instrumentos para crescimento mais saudável, que a estimule a explorar o mundo de dentro e o mundo de fora, dando a eles nova forma, no presente e no futuro, a partir de sua vivência.


Uma família parecida com a da gente: descobrindo os diferentes modelos de família da vida moderna




























O que o aluno poderá aprender com esta aula
- promover a compreensão dos diferentes modelos de organização familiar;
- despertar o sentimento de pertencimento a partir da assimilação ao conteúdo da história;
- desenvolver o sentimento de respeito quanto ao diferente;
- estreitar laços afetivos com a família.

Duração das atividades
4 aulas

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
É importante que as crianças tenham sido instigadas a pensar na importância que a família assume na vida de cada um de nós.

Estratégias e recursos da aula 
1° Momento: Realizar uma contação de história a partir do livro “Uma família parecida com a da Gente.” Autor: Rosa Amanda Strausz. Tradução: Editora: Atica

1- Na história, cada bicho tem uma família diferente a autora questiona se esse fato se assemelha à vida em família dos seres humanos. A história compara formas de organização familiar dos animais com as das pessoas, comente seu ponto de vista sobre a história.

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2- Identifique com qual das famílias da história sua família se assemelha, comente.

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3- Escreva aqui seu sobrenome:

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4- Qual coleguinha tem uma família parecida com a sua? Encontre todos e represente com desenho, interpretação, colagem, pintura, etc.





O ABC das correntes de ensino 

Tradicional : É uma proposta de educação centrada na figura do professor. O princípio é a transmissão de conhecimentos por meio da aula, freqüentemente expositiva, numa seqüência pré-determinada e fixa que enfatiza a repetição de exercícios com exigência de memorização. Muitas vezes não leva em consideração o que a criança aprende fora da escola.

Montessoriana: Criada em 1907, na Itália, pela fisioterapeuta e educadora Maria Montessori, essa concepção prega a auto-educação dos alunos com apoio de materiais didáticos. O professor assume um papel de observador e incentivador. A aprendizagem automotivada e individualizada é a essência do método.

Renovada: Trata-se de uma concepção que inclui várias correntes, as quais defendem a chamada Escola Nova ou Escola Ativa. Prega a valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social. O centro da atividade escolar não é o professor nem o conteúdo disciplinar, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso. O mais importante não é o ensino, é o processo de aprendizagem. O professor é um facilitador. A idéia do ensino guiado pelo aluno, em muitos casos, acabou por desconsiderar a necessidade de um trabalho planejado sobre o que deve ser ensinado e aprendido.

Tecnicismo: Nos anos 70, surgiu um conceito batizado de "tecnicismo educacional". O que é valorizado nesse conceito é a tecnologia empregada. O professor passa a ser um especialista na aplicação de manuais e sua criatividade fica subordinada aos limites da técnica utilizada. Instituiu uma prática pedagógica altamente controlada e dirigida pelo professor.


Libertadora: No final dos anos 70 e início dos anos 80, ocorre uma intensa mobilização dos educadores por uma educação crítica a serviço das transformações sociais, tendo em vista a superação das desigualdades. A pedagogia libertadora tem suas origens nos movimentos de educação popular que ocorreram no final dos anos 50, interrompidos pelo golpe militar de 1964. Nesta proposta, a educação está centrada na discussão de temas sociais e políticos. O professor é um coordenador de atividades que atua conjuntamente com os alunos. O método Paulo Freire pode ser enquadrado dentro desta linha.

Crítico-social: A pedagogia crítico-social, que surge no final da década de 70, aparece como uma reação de alguns educadores à corrente libertadora, considerada omissa em relação ao chamado "saber elaborado". A concepção defende que não basta apenas discutir questões sociais da atualidade, mas que é necessário também enfatizar o conhecimento histórico.

Piagetiana: Surge com maior evidência a partir dos anos 80, baseada nos estudos de psicologia genética conduzidos por Jean Piaget. Nesta concepção, o enfoque está centrado no caráter social do processo de aprendizagem. Considera que além do domínio dos conhecimentos formais para uma participação crítica na sociedade, também é necessária uma adequação pedagógica às características de um aluno que pensa. Esse enfoque trouxe para a educação aspectos relevantes, principalmente no que diz respeito à forma de entender a relação entre desenvolvimento e aprendizagem.


Construtivista: É a linha atualmente seguida pelas escolas públicas brasileiras, preconizada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Surgiu em meados dos anos 80, a partir de estudos sobre a psicogênese da língua escrita, conduzidos por Emília Ferreiro e Ana Teberowsky. Enfatiza o conhecimento que a criança já tem antes de ingressar na escola. O processo de alfabetização está focado principalmente na língua escrita, ou seja, na leitura. Em alguns casos, no entanto, existem distorções na aplicação do conceito. Uma delas é a de que não se deve corrigir os erros dos alunos. Outra distorção é confundir o construtivismo com um método ou afirmar que ele é incompatível com outras técnicas.

Método sintético: Termo utilizado para se referir à maneira como se alfabetiza a criança nesse processo. É mais usado em escolas que adotam metodologias e posturas tradicionais. A alfabetização é feita a partir de elementos mais simples - letra, fonema ou sílaba - que são combinados, formando as sentenças. Pode ser alfabético, fônico ou silábico.

Método global: Tem como ponto de partida elementos significativos, unidades de sentido - palavras, sentenças ou pequenos textos -, que são usados para levar ao conhecimento dos elementos fonéticos. Pode ser dividido em palavração, sentenciação ou unidades de experiências, dependendo do elemento que se emprega na alfabetização. Existe ainda o método chamado de analítico-sintético, que mescla todos os elementos.

Países e método

Israel: Método fônico -  A maioria das escolas israelenses utiliza material didático que se apóia no ensino da relação entre sons e letras. No entanto, muitas são as escolas que usam ao mesmo tempo métodos alinhados à concepção construtivista.
Espanha: Construtivismo - As escolas espanholas partem do princípio que o texto integral deve ser usado desde o início da alfabetização e que a bagagem das crianças deve ser considerada. No entanto, as escolas utilizam diversos métodos, entre eles o fônico, para melhorar o desempenho dos alunos na compreensão de textos.
Inglaterra: Método fônico -  O sistema de ensino inglês defende que a criança não aprende a ler simplesmente sendo colocada em contato com textos, sem a introdução de conhecimentos fônicos. O método prevê passos: primeiro a criança aprende a associar sons e letras, passa para o aprendizado de palavras e sentenças, para depois ter contato com textos integrais.
Portugal: Construtivismo -  A exemplo da Espanha, Portugal também adota a concepção construtivista, tendo o texto como ponto de partida na alfabetização, sem deixar de lado o método fônico e cartilhas didáticas

Como trabalhar parágrafos de forma fácil e lúdica

Ensinar noções de parágrafo já no início da alfabetização ajuda a criança a 
compreender que um texto é composto por ideias, e que é preciso 
organizá-las.
Uma boa dica é pedir para os alunos sublinharem os parágrafos com cores 
diferentes

Sublinhar de amarelo o parágrafo que indica onde aconteceu a história; de
 azul, aquele com a descrição deste personagem; de vermelho, o que 
informa quem chegou para atrapalhar a vida do personagem principal; e, 
por fim, de verde, o parágrafo que destaca o que o personagem principal 
fez ao perceber que seria devorado.
A associação de uma cor diferente para cada parágrafo ajuda a demonstrar para a turma, de forma bem marcada visualmente, que são informações diferentes e, por isso, estão em parágrafos diferentes. Introduzir o ensino da paragrafação no ciclo de alfabetização ajuda a criança a “perceber que o texto é constituído de ideias”. “Favorece o aluno na sua tarefa de organizar, as informações trazidas ao longo do texto”.

A paragrafação traz a desmitificação de que uma história é feita apenas por inicio, meio e fim pois se fosse assim teríamos no máximo 3 parágrafos no texto todo.
     Tal habilidade de organizar o texto em blocos lógicos de sentido é mobilizada junto a outros conhecimentos linguísticos, como a pontuação e a estruturação dos períodos. 
      Além disso, outra característica da paragrafação é a de guardar certas regularidades conforme o gênero textual. “É próprio de alguns gêneros uma organização ‘em bloco único’, sem paragrafar; outros exigem uma paragrafação muito mais intensa, pelo tamanho e pela complexidade do tema”.
      “É possível entregar um pequeno texto escrito em bloco único para que os alunos ajudem a organizar, para que fique mais claro e os períodos fiquem com lógica nessa organização, ou então, ao contrário, entregar textos fatiados para que eles consigam perceber que uma parte complementa a outra e constrói essa teia textual”.