domingo, 16 de agosto de 2015

O ABC das correntes de ensino 

Tradicional : É uma proposta de educação centrada na figura do professor. O princípio é a transmissão de conhecimentos por meio da aula, freqüentemente expositiva, numa seqüência pré-determinada e fixa que enfatiza a repetição de exercícios com exigência de memorização. Muitas vezes não leva em consideração o que a criança aprende fora da escola.

Montessoriana: Criada em 1907, na Itália, pela fisioterapeuta e educadora Maria Montessori, essa concepção prega a auto-educação dos alunos com apoio de materiais didáticos. O professor assume um papel de observador e incentivador. A aprendizagem automotivada e individualizada é a essência do método.

Renovada: Trata-se de uma concepção que inclui várias correntes, as quais defendem a chamada Escola Nova ou Escola Ativa. Prega a valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social. O centro da atividade escolar não é o professor nem o conteúdo disciplinar, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso. O mais importante não é o ensino, é o processo de aprendizagem. O professor é um facilitador. A idéia do ensino guiado pelo aluno, em muitos casos, acabou por desconsiderar a necessidade de um trabalho planejado sobre o que deve ser ensinado e aprendido.

Tecnicismo: Nos anos 70, surgiu um conceito batizado de "tecnicismo educacional". O que é valorizado nesse conceito é a tecnologia empregada. O professor passa a ser um especialista na aplicação de manuais e sua criatividade fica subordinada aos limites da técnica utilizada. Instituiu uma prática pedagógica altamente controlada e dirigida pelo professor.


Libertadora: No final dos anos 70 e início dos anos 80, ocorre uma intensa mobilização dos educadores por uma educação crítica a serviço das transformações sociais, tendo em vista a superação das desigualdades. A pedagogia libertadora tem suas origens nos movimentos de educação popular que ocorreram no final dos anos 50, interrompidos pelo golpe militar de 1964. Nesta proposta, a educação está centrada na discussão de temas sociais e políticos. O professor é um coordenador de atividades que atua conjuntamente com os alunos. O método Paulo Freire pode ser enquadrado dentro desta linha.

Crítico-social: A pedagogia crítico-social, que surge no final da década de 70, aparece como uma reação de alguns educadores à corrente libertadora, considerada omissa em relação ao chamado "saber elaborado". A concepção defende que não basta apenas discutir questões sociais da atualidade, mas que é necessário também enfatizar o conhecimento histórico.

Piagetiana: Surge com maior evidência a partir dos anos 80, baseada nos estudos de psicologia genética conduzidos por Jean Piaget. Nesta concepção, o enfoque está centrado no caráter social do processo de aprendizagem. Considera que além do domínio dos conhecimentos formais para uma participação crítica na sociedade, também é necessária uma adequação pedagógica às características de um aluno que pensa. Esse enfoque trouxe para a educação aspectos relevantes, principalmente no que diz respeito à forma de entender a relação entre desenvolvimento e aprendizagem.


Construtivista: É a linha atualmente seguida pelas escolas públicas brasileiras, preconizada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Surgiu em meados dos anos 80, a partir de estudos sobre a psicogênese da língua escrita, conduzidos por Emília Ferreiro e Ana Teberowsky. Enfatiza o conhecimento que a criança já tem antes de ingressar na escola. O processo de alfabetização está focado principalmente na língua escrita, ou seja, na leitura. Em alguns casos, no entanto, existem distorções na aplicação do conceito. Uma delas é a de que não se deve corrigir os erros dos alunos. Outra distorção é confundir o construtivismo com um método ou afirmar que ele é incompatível com outras técnicas.

Método sintético: Termo utilizado para se referir à maneira como se alfabetiza a criança nesse processo. É mais usado em escolas que adotam metodologias e posturas tradicionais. A alfabetização é feita a partir de elementos mais simples - letra, fonema ou sílaba - que são combinados, formando as sentenças. Pode ser alfabético, fônico ou silábico.

Método global: Tem como ponto de partida elementos significativos, unidades de sentido - palavras, sentenças ou pequenos textos -, que são usados para levar ao conhecimento dos elementos fonéticos. Pode ser dividido em palavração, sentenciação ou unidades de experiências, dependendo do elemento que se emprega na alfabetização. Existe ainda o método chamado de analítico-sintético, que mescla todos os elementos.

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